Atacante não aparece em consultas marcadas pelo clube, como exigia Zinho, e deve ir embora do Rubro-Negro sem disputar uma partida oficial
Adriano pediu dispensa até a próxima terça(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
O acompanhamento psicológico era uma exigência do diretor de futebol Zinho depois do sumiço do atacante nos últimos dias de setembro. Ao saber que o jogador cogitara a aposentadoria, o dirigente se reuniu com ele em 1º de outubro e avisou que só o perdoaria se Adriano passasse a frequentar o consultório de um psicólogo.
- Tem que ter esse acompanhamento (com um profissional de psicologia ou psiquiatria), vamos dar essa contribuição para ele - afirmou o diretor na ocasião.
O jogador costuma desconversar quando lhe sugerem um tratamento psicólogo. Ao longo de sua vida, compareceu a poucas sessões durante os anos de 2008 e 2009, em suas passagens por São Paulo e Flamengo. Na reunião com Zinho, porém, ele acatou a exigência. A concordância ficou no discurso. O médico do Flamengo José Luiz Runco foi o responsável por indicar um profissional. O clube chegou a marcar algumas datas para Adriano ir ao consultório, mas o jogador desconversava, falava que iria no dia seguinte.
Com o acúmulo de faltas do jogador a treinos, Zinho, decepcionado, perdeu a paciência ao saber que ele se recusava a ir ao psicólogo. Em meio ao momento difícil do time no Brasileirão, o diretor decidiu concentrar seus esforços na luta contra o rebaixamento e entregou o caso de Adriano à presidente Patricia Amorim. Em ano eleitoral, ela teme o desgaste de rescindir o contrato de um ídolo. As atitudes dele, no entanto, tornam o caminho praticamente irreversível. Um vídeo feito numa casa de shows na quinta-feira mostra Adriano no palco, dizendo ser favelado e que sabia que, no dia seguinte, as imagens estariam na internet. O império está em ruínas.
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