sábado, 30 de junho de 2012

São Paulo perde pênalti, mas vence por 3 a 2 e desbanca o líder Cruzeiro

Luis Fabiano desperdiça uma cobrança, defendida por Fábio, e Tricolor
não sucumbe à pressão da torcida no primeiro jogo após saída de Leão

Por Tarcísio Badaró Belo Horizonte
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Cruzeiro e São Paulo fizeram um grande jogo neste sábado, no Independência, em Belo Horizonte, e quem levou a melhor foi o Tricolor, em sua primeira partida após a saída do técnico Leão. Com cinco gols, o duelo foi marcado por dois nomes: Lucas e Rafael Donato. O primeiro foi o sinônimo da superação paulista, que tenta espantar um princípio de crise e entrar de vez no Brasileirão. O zagueiro celeste, que estreava, foi da vaia ao aplauso eufórico, falhou no primeiro gol, marcou dois e terminou como centroavante. Foi da vaia ao aplauso eufórico. Mas Luis Fabiano, Lucas e Jadson marcaram para a equipe paulista e estragaram a tarde do defensor, que viu o São Paulo vencer por 3 a 2.

A derrota acabou com a invencibilidade do Cruzeiro, que perdeu também a liderança por conta da vitória do Fluminense sobre o Náutico (2 a 0). O time mineiro pode cair mais um pouco na tabela, dependendo dos resultados de Vasco e Atlético-MG. Já o São Paulo, que venceu a primeira fora de casa, chegou aos 12 pontos e encostou nos times que estão na ponta.
Lucas são paulo gol Cruzeiro (Foto: Douglas Magno / Vipcomm)Jogadores comemoram o gol de Lucas, o segundo do São Paulo (Foto: Douglas Magno / Vipcomm)
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai até Bento Gonçalves enfrentar o Internacional, sábado, às 18h30 (de Brasília). Já o São Paulo receberá o Coritiba no Morumbi, domingo, às 16h.
Raposa apenas ensaia pressão
O Cruzeiro começou partindo para cima. A aposta celeste foi a velocidade de Fabinho pelo lado esquerdo. Mas, aos cinco minutos, quem chegou com perigo foi o São Paulo. Em contra-ataque rápido, Jadson finalizou com rente à trave. A pressão mineira não chegou a durar dez minutos. Logo o Tricolor começou a trocar passes no campo de ataque e a manter posse de bola. Aos 11, Douglas fez boa jogada individual pela direita e cruzou rasteiro. O zagueiro Rafael Donato, estreante da tarde pelo lado celeste, falhou feio, deixando a bola açucarada para Luis Fabiano bater no canto e abrir o placar.
O zagueirão de 1,93m nem teve tempo para se lamentar. Um minuto depois, se redimiu. Montillo bateu escanteio pela esquerda, e Donato, sozinho, subiu para empatar. O jogo ficou emocionante, e os visitantes precisaram de pouco tempo para voltar à frente no placar. Em jogada pelo meio, a zaga mineira deu bobeira novamente, e Lucas recebeu na entrada da área. O meia driblou Éverton e chutou no canto: três gols em pouco mais de 15 minutos.
O ritmo da partida diminuiu nos minutos seguintes. O São Paulo se encolheu, e o Cruzeiro passou a mostrar dificuldades na criação. Se o lado esquerdo era exigido, com Fabinho e Éverton, pela direita, além de improvisado, o zagueiro Léo estava solitário.

O Cruzeiro voltou a levar perigo aos 27. Éverton cruzou da esquerda, Fabinho desviou, e a bola passou com perigo. Três minutos depois, Rafael Donato quase marcou novamente após escanteio. Aos 31, o Cruzeiro perdeu aquele que era talvez seu melhor jogador em campo. Fabinho saiu machucado, dando lugar a Souza, que foi para a ala direita. Com a mudança, a Raposa passou a jogar no 3-5-2. O Tricolor também teve que mudar ainda no primeiro tempo. Rodolfo saiu machucado para a entrada de Paulo Miranda.
Mais emoção reservada para a etapa final
Mal o segundo tempo começou, o São Paulo marcou o terceiro gol. Após troca de passes, Cortez recebeu na cara de Fábio e finalizou. O goleiro celeste fez grande defesa. Na sobra, Jadson bateu no canto e marcou. Após o terceiro gol, parte da torcida celeste vaiou quando Rafael Donato pegou na bola. Mas as vaias nem tiveram tempo de ganhar corpo. Poucos minutos depois, após escanteio, o zagueiro fez de cabeça o segundo dele e da Raposa no jogo.

O Cruzeiro foi para o abafa. Wallyson entrou no lugar do volante Charles e deu mais opções de ataque. Aos 17, o Cruzeiro teve escanteio pela direita. Rafael Donato estava na área, e toda a torcida empolgou. A zaga paulista rebateu a cobrança, Lucas arrancou em contra-ataque pela direita, invadiu a área e sofreu pênalti. Luis Fabiano bateu no canto esquerdo, e Fábio defendeu.

O Cruzeiro cresceu novamente. Tinga teve duas grandes chances de marcar. Na primeira, a bola sobrou para ele dentro da área, na marca do pênalti, mas o chute saiu mascado e bateu na zaga. Depois, o volante fez grande jogada pela direita, entrou na área e preferiu o chute quando tinha Wellington Paulista mais bem colocado.

Os minutos finais foram lá e cá. O Cruzeiro pressionava, mas tinha dificuldades de finalizar. No contra-ataque, a velocidade de Lucas desorientava a defesa celeste. Wallyson levou perigo de um lado, Luis Fabiano respondeu. O Tricolor conseguiu segurar a Raposa até o fim, levou os três pontos para casa e aspira, agora, vida nova no Brasileirão.
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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Com atuação de gala e leveza, Brasil arrasa Cuba no Grand Prix


Sob o comando da levantadora Fernandinha, Seleção faz 3 a 0 nas cubanas e segue firme na luta pelo título

Por GLOBOESPORTE.COM Ningbo, China
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A seleção brasileira feminina não tomou conhecimento e atropelou a equipe de Cuba por 3 sets a 0 (25/17, 25/12 e 25/14), na manhã desta sexta-feira (madrugada no Brasil), pela terceira rodada da fase final do Grand Prix de Vôlei, que está sendo disputado em Ningbo, na China. Em segundo lugar, com sete pontos, a equipe nacional segue na luta direta com EUA e Turquia pelo título da competição que antecede os Jogos de Londres. As americanas venceram as turcas na partida na sequência e lideram agora com oito pontos, dois a mais que o selecionado adversário, dirigido pelo brasileiro Marco Aurélio Motta
O Brasil volta à quadra no sábado, novamente às 2 horas (horário de Brasília) e mais uma vez com transmissão do Sportv. As adversárias serão as tailandesas que, após perderem os dois compromissos iniciais (1 x 3 Turquia e 1 x 3 EUA), encaram as donas da casa na sequência da jornada desta sexta.
Brasil x Cuba, Grand Prix de Vôlei (Foto: FIVB / Divulgação)As meninas brasileiras sobraram em quadra e não deram chances às cubanas (Foto: FIVB / Divulgação)
O Jogo
Contando com Fernandinha, Fernanda Garay e Adenízia iniciando a partida, a Seleção começou com força e descontração, chegando à primeira parada técnica com 8 a 5 a seu favor. A equipe nacional mostrava boa variação nas jogadas e seguiu sobrando no primeiro set, abrindo 12 a 6, 15 a 9 e fechando em 25 a 17 após erro da equipe cubana.
O bloqueio e o saque brasileiros funcionavam com eficiência, e o quadro comandado por José Roberto Guimarães ampliava a supremacia. Fernandinha cumpria ótima atuação, distribuindo com perfeição e ainda sendo mortal no serviço. Após fazer 19 a 9, o Brasil matou a parcial em incontestáveis 25 a 12
Zé Roberto resolveu fazer modificações no terceiro set, como as entradas da levantadora Dani Lins e de Mari, porém o panorama não se alterou. Os sequentes erros de Cuba (28 contra apenas quatro do Brasil) facilitaram ainda mais o trabalho das meninas brasileiras. E a segunda vitória no Grand Prix foi selada em 3 a 0, com 25 a 14 no set, depois de um bloqueio de Juciely.

O time brasileiro que iniciou a partida foi Fernandinha, Paula Pequeno, Fernanda Garay, Adenízia, Thaisa, Sheilla e a líbero Fabi. Entraram no decorrer Juciely, Dani Lins e Mari.

Confira os jogos desta sexta pela fase final do Grand Prix:

Brasil 3 x 0 Cuba (25/17, 25/12 e 25/14)
Turquia 1 x 3 EUA (18/25, 23/25, 25/21/ e 20/25)
China x Tailândia
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Balotelli: 'Comemorar gol por quê? O carteiro vibra quando entrega carta?'

Italiano brinca sobre comemoração sem camisa no jogo contra a Alemanha e diz que levou cartão porque o árbitro teve inveja de sua boa forma

Por GLOBOESPORTE.COM Varsóvia
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 Mario Balotelli é mais famoso pelo que apronta, dentro e fora de campo, do que pelo que diz. Mas após virar o herói da Itália finalista da Eurocopa com os dois gols na vitória de 2 a 1 sobre a Alemanha, nesta quinta-feira, em Varsóvia, o atacante abriu a boca. E explicou a razão de raramente comemorar os seus gols.
- O carteiro comemora quando entrega uma carta? É só o meu trabalho, por que comemorar?
O jogador do Manchester City até celebrou de forma discreta junto com os companheiros após marcar o primeiro gol, aos 20 minutos do primeiro tempo, cabeceando para a rede ao receber cruzamento de Antonio Cassano pela esquerda. Mas no segundo gol, Balotelli foi responsável por uma das imagens mais marcantes da Eurocopa. Depois de acertar um forte chute da entrada da área que entrou no ângulo superior esquerdo de Manuel Neuer, o italiano tirou a camisa e, de cara fechada, mostrou os músculos. Pela comemoração, levou um cartão amarelo.
- Ele (o árbitro) viu meu corpo e ficou com inveja - brincou o jogador, punido por ter tirado a camisa.
Mario Balotelli marca gol da Itália contra a Alemanha (Foto: AFP)Mario Balotelli faz comemoração emblemática na vitória sobre a seleção da Alemanha (Foto: AFP)
Balotelli chegou aos três gols na Eurocopa e assumiu a artilharia da competição ao lado do alemão Mario Gómez, do croata Mario Mandzukic e do russo Alan Dzagoev, todos já eliminados do torneio. O atacante italiano, porém, disse que não se importa com a briga para ser o goleador da Euro 2012.
- Isso não faz diferença. Um jogador não é maior quando faz dois gols. Eu jogo primeiro para me divertir, depois para fazer gols - disse.
Por outro lado, caso seus planos deem certo, Balotelli terminará o domingo na capital ucraniana Kiev como campeão da Eurocopa e também como artilheiro do torneio. Após dedicar os gols diante da Alemanha à mãe, o jogador italiano sonha marcar em dobro diante dos espanhóis na decisão.
- Meu pai virá para assistir à final. Por isso, vou ter que marcar quatro gols, dois para cada um - completou. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Após início 'mágico', Bellucci vacila e cai diante de Nadal em Wimbledon



Número 2 do mundo jamais perdeu na primeira rodada de um Grand Slam

Por SporTV.comLondres
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Thomaz Bellucci tênis Wimbledon 1r (Foto: Reuters)Após começo arrasador, Thomaz Bellucci perdeu o
controle do jogo (Foto: Reuters)
Por quatro games, Thomaz Bellucci foi brilhante. Sob os olhos atentos da criadora de Harry Potter, J.K. Rowling, presente na Quadra Central de Wimbledon, o número 1 do Brasil atuou como se estivesse encantado. Abriu 4/0 sobre Rafael Nadal e espantou o público londrino. A visita da ilustre escritora, porém, não produziu "magia" suficiente para uma zebra. Com uma sucessão de erros bobos, Bellucci perdeu o controle do jogo e não recuperou mais. O número 2 do mundo, que conseguiu uma espetacular virada ainda no primeiro set, saiu com a vitória por 7/6(0), 6/2 e 6/3.
Classificado para a segunda rodada, Nadal mantém a escrita de nunca perder em uma primeira rodada de Grand Slam. O espanhol, finalista nas últimas cinco vezes que disputou Wimbledon (campeão em 2008 e 2010 e vice em 2006, 2007 e 2011 - não jogou em 2009), enfrentará na segunda fase o vencedor do jogo entre o tcheco Lukas Rosol e o croata Ivan Dodig.
Bellucci, por sua vez, segue em má fase. Atual 80º colocado no ranking, sua pior posição desde 2009, o número 1 do Brasil amarga sua terceira derrota consecutiva no circuito mundial. Nesta terça-feira, o paulista recebeu um prêmio de consolação e ganhou um convite da Federação Internacional de Tênis (ITF) para jogar as Olimpíadas de Londres-2012.
Voleios custam caro
O começo de jogo foi espantoso. Depois de salvar um break point e confirmar o primeiro game com ótimos saques, Bellucci passou a agredir do fundo de quadra. Nadal mostrava-se instável, e o brasileiro aproveitou. Com ótimas devoluções e forehands indefensáveis, o paulista abriu 4/0 em cima do bicampeão do torneio.
JK Rowling Harry Potter tênis Wimbledon Bellucci x Nadal (Foto: Getty Images)J.K. Rowling sentou-se na primeira fila da Quadra
Central de Wimbledon (Foto: Getty Images)
No quinto game, com 30/15 e um voleio fácil para fazer, Bellucci falhou e mandou a bola na rede. O erro foi o início de uma série de subidas desastrosas do brasileiro. Nadal aproveitou e cresceu no jogo. O espanhol devolveu uma quebra no quinto game e, no sétimo, quando Bellucci errou um saque-e-voleio no break point, conseguiu a segunda quebra.
Bellucci achou um nível estável a tempo, e a parcial foi para o tie-break. Nadal usou slices e fez o brasileiro se abaixar mas para golpear a bola. A tática do espanhol deu certo. Erro atrás de erro, o paulista se afundou e perdeu os sete pontos. Por 7/0, o bicampeão fechou o set.
Na segunda parcial, Bellucci só manteve o jogo parelho até o quarto game. Nadal seguia controlando o jogo, errando menos e deixando o brasileiro pouco à vontade. O número 2 do mundo conseguiu mais duas quebras e, sem sustos, fechou a parcial em 6/2. O terceiro set foi parecido. Depois de uma quebra para cada tenista, o placar mostrava 2/2. A partir do quinto game, Nadal voltou a se impor. Venceu no saque de Bellucci no sexto game e, na sequência, abriu 5/2. Dois games depois, com um ace, o bicampeão encerrou os trabalhos.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Técnico do Boca ‘rasga’ histórico e elogia Timão: ‘Rápido e compacto’

Julio César Falcioni fala com exclusividade ao GLOBOESPORTE.COM sobre a preparação de seu time e admite que Libertadores é 'especial'

Por Alexandre Lozetti e Sergio Gandolphi Buenos Aires
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Após a derrota por 3 a 1 para o All Boys, o Boca Juniors saiu calado do estádio Islas Malvinas. Todos os jogadores entraram no ônibus e partiram. Logo atrás, discretamente, um homem de jaqueta com uma sacola nas mãos saiu caminhando pelas ruas em torno do estádio.
Era ninguém menos do que Julio César Falcioni, técnico do time finalista da Taça Libertadores. Inicialmente, ele foi acompanhado por alguns jornalistas, que desistiram depois de alguns metros. Menos o GLOBOESPORTE.COM. Curiosa para saber o destino do treinador, a reportagem seguiu seus passos. Atencioso, Falcioni parou para tirar foto até com uma policial, ultrapassou a barreira de isolamento e encontrou seu carro o esperando.
O técnico mora perto do estádio do All Boys. Ele guardou sua sacola no veículo e, muito educadamente, aceitou responder algumas perguntas ali mesmo. No meio da rua. Rasgou elogios ao Corinthians, à montagem da equipe de Tite, mas garantiu que seus jogadores estão bem preparados para começar a decidir o título na Bombonera, nesta quarta-feira.
– Tite armou uma grande equipe, tem disputado uma Libertadores muito boa até chegar à final. É um time compacto, rápido, seguramente merece estar na decisão, assim como o Boca – disse o treinador.
Julio César Falcioni, técnico do Boca Juniors  (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)Julio César Falcioni, técnico do Boca Juniors (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
O domingo foi de muito trabalho para Falcioni. Pela manhã, ele comandou um treino na Casa Amarilla, em que os titulares, que estarão em campo na quarta-feira, mantiveram-se em atividade, já que, à tarde, reservas e garotos disputaram a última rodada do Campeonato Argentino contra o All Boys. O técnico admite que, por ter de dividir atenções, já que o Boca manteve chance de título até a rodada final, o Corinthians vai passar a ser centro total das atenções apenas a partir desta segunda-feira.
Vimos
(o Corinthians) em toda a fase de grupos e depois nas eliminatórias, contra Vasco e Santos. Merece estar na final, é uma equipe muito rápida"
Julio César Falcioni
– Os jogadores estão muito bem, fizeram um trabalho no ginásio, mas agora vamos poder ajustar algumas situações e falar mais do Corinthians. Esse compromisso do campeonato era importante e tínhamos que cumpri-lo.
Hexacampeão, o Boca pode se igualar ao Independiente como maior vencedor da Libertadores em todos os tempos. Além disso, a decisão contra o Corinthians será a última de Riquelme, segundo o próprio camisa 10 anunciou, e também pode marcar a aposentadoria do zagueiro Schiavi, de 39 anos. Os dois são ídolos do clube da Bombonera.
Situação que torna ainda mais importantes as duas partidas e justifica a opção de Falcioni por um time alternativo na última rodada do Clausura. Riquelme até foi ao estádio Islas Malvinas junto com a delegação, voltou no ônibus com os demais jogadores, tudo isso no dia em que completou 34 anos. Mas o foco de todos é o hepta continental.
– É especial por tudo que representa. Coroa a melhor equipe da América do Sul e por isso há tanto interesse antes. É o nosso torneio mais importante. Para o Boca, é um orgulho estar na final – exaltou.
Riquelme na partida do Boca Juniors contra o U. de Chile (Foto: AFP)Riquelme é o craque do Boca Juniors de Falcioni e disputa sua última Libertadores (Foto: AFP)
Falcioni tem 55 anos e, assim como o Corinthians, jamais conquistou a Libertadores, como técnico ou jogador - foi goleiro até 1992. Mas ele descarta vantagem de seu time graças ao currículo. Nas próximas quartas-feiras, o invejável acervo do Boca não entrará em campo. É o que garante o professor.
– Temos história na Libertadores, mas jogamos o presente, não o passado. Teremos de fazer nosso melhor para ganhar a Copa. Temos uma equipe muito boa, assim como o Corinthians.
Enquanto alguns jogadores, como Riquelme, já admitiram conhecer pouco o futebol dos brasileiros, Falcioni assegura estar tão bem informado quanto Tite. No último sábado, o GLOBOESPORTE.COM flagrou o auxiliar do técnico brasileiro, Mauro da Silva, nas ruas de Buenos Aires. Ele é o “espião” oficial do Boca, acompanhou inclusive a semifinal contra a Universidad (CHI), em Santiago.
Do outro lado, a comissão técnica jura estar bem preparada e recheada de informações sobre Danilo, Emerson Sheik, Cássio, Paulinho e companhia.
– Vimos (o time) em toda fase de grupos, depois nas eliminatórias frente a Vasco e Santos. Merece estar na final, é uma equipe muito rápida.
Clique e assista a vídeos do Corinthians Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Pacotão: rodada#6 tem força mineira, cheia de gols bonitos e três contra

Após temporada ruim em 2011, Cruzeiro e Atlético-MG começam bem o Brasileirão. Wellington Paulista brilha no Rio com golaço e drible da rodada

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Após um Brasileirão 2011 turbulento para os mineiros, o tempo abriu em 2012 e os dois times de Minas Gerais na Série A estão nas primeiras posições. O Cruzeiro, que sofreu mais na luta contra o rebaixamento no ano passado, assumiu a liderança na rodada#6 do campeonato, e o Atlético-MG aparece logo em seguida. Visitante inconveniente, a Raposa foi mais arisca e venceu o Vasco por 3 a 1 em São Januário. Wellington Paulista infernizou a defesa vascaína com o golaço da rodada e um belíssimo drible no zagueiro Dedé. (Assista aos melhores momentos do jogo no vídeo acima)

Contra o Náutico, o Galo apresentou Ronaldinho Gaúcho à sua torcida, e o craque correspondeu marcando pela primeira vez com a camisa alvinegra e dando uma assistência. O Atlético-MG não deu muitas chances ao adversário e venceu o clube pernambucano por 5 a 1. Raphael Claus, o árbitro do jogo no Independência, cometeu o erro do fim de semana na marcação de uma penalidade inexistente. No terceiro dos mineiros, o juiz deu o gol para Danilinho, mas quem mudou totalmente a trajetória da bola foi Márcio Rosário, num dos três contra da rodada.
Em mais uma atuação de gala de Deco, o Fluminense derrotou o Atlético-GO por 4 a 1. Em um dos últimos lances do confronto, o luso-brasileiro cobrou escanteio, a bola bateu no zagueiro Gilson e entrou no gol de Márcio. Em uma rodada de poucos cartões, o único jogador que teve que ir para o vestiário mais cedo foi Marino, do Dragão. O volante levantou Marcos Júnior, do Fluminense, e recebeu o vermelho. Xerife da defesa tricolor, Gum roubou cinco bolas. No triunfo do Internacional contra o Sport por 2 a 0, outro marcador bobeou. Bruno Aguiar desviou o cruzamento de Oscar e abriu o caminho para a vitória colorada.

O Palmeiras usou força máxima no Pacaembu, e o Corinthians entrou em campo com uma equipe reserva. Recém-chegado ao Parque São Jorge, o meia Romarinho fez dois golaços e mostrou que pode ser peça útil na equipe finalista da Libertadores 2012. O Timão saiu atrás no marcador, mas o camisa 31 desequilibrou e comandou a virada corintiana contra o maior rival, 2 a 1. O clássico teve o maior público pagante da rodada: 17.519.

O Grêmio recebeu o Flamengo no Olímpico, dominou o rubro-negro carioca e triunfou por 2 a 0. O destaque da equipe carioca foi o goleiro Paulo Victor, que fez quatro defesas difíceis, mas não conseguiu evitar o bonito gol de Marcelo Moreno. No menor público do fim de semana (4.465 pagantes), o Botafogo foi surpreendido pela Ponte Preta, no Engenhão, perdendo 2 a 1. A Macaca marcou em dois contra-ataques. O primeiro saiu graças a um erro de Márcio Azevedo na saída de bola, e o segundo foi fruto de uma bela jogada, finalizada com maestria por Ricardinho, que dominou bonito e chutou colocado, sem defesa para Jefferson.

Após dizer adeus à Libertadores, o Santos mostrou que ainda não está completamente recuperado e empatou com o Coritiba na Vila Belmiro por 2 a 2. Porém, Neymar fez as pazes com o seu bom futebol. O atacante marcou o segundo do Peixe e, mais uma vez, foi caçado em campo, sofrendo 12 faltas. Vanderlei também brilhou e realizou quatro defesas difíceis no duelo, uma delas foi a mais bonita da rodada.
Confira as estatísticas e os destaques do fim de semana:
Pacotao Rodada 6 - B (Foto: infoesporte)
golaco (Foto: Infoesporte)
Na vitória do Cruzeiro sobre o Vasco, Wellington Paulista confirmou a boa fase. O artilheiro assinou uma pintura no segundo gol da Raposa. Montillo tocou para o artilheiro, que entrou na área e, com extrema categoria, encobriu Fernando Prass.


drible (Foto: Infoesporte)

Um dos destaques da vitória da Raposa, Wellington Paulista conseguiu driblar um dos melhores defensores do futebol brasileiro, o vascaíno Dedé. Após receber um bom lançamento, o WP9 dominou, pedalou e tirou o zagueiro da jogada. O atacante chutou de canhota, e a bola saiu à esquerda do gol de Fernando Prass.
mico (Foto: Infoesporte)


Na vitória do Flu contra o Altético-GO, uma jogada chamou a atenção do público no Serra Dourada. Após boa reposição de Cavalieri, Ernandes e Eron tentaram impedir que Wellington Nem ficasse com a bola, mas os dois jogadores se atrapalharam e se chocaram, deixando o atacante tricolor livre. Sem marcação, o jovem entrou na área e rolou para Deco. No entanto, a marcação chegou na jogada antes e mandou a bola pela linha de fundo.
sarrafo (Foto: Infoesporte)

Em uma rodada de poucos cartões, apenas Marino foi para o chuveiro mais cedo. Aos 42 do segundo tempo, o volante derrubou Marcos Júnior, do Fluminense, que já tinha feito o passe. Sem hesitar, o árbitro puxou o cartão vermelho e expulsou o marcador, que sequer havia tomado o amarelo.
gol+perdido (Foto: Infoesporte)


Contra o Bahia, o Figueirense teve a chance de matar o jogo, mas Botti desperdiçou uma chance de ouro. Júlio César fez um belo lançamento de trivela, Aloísio dominou e fuzilou. Marcelo Lomba defendeu. No rebote, Botti, sozinho, tentou de primeira e a bola explodiu em Danny Moraes, que estava em cima da linha. Aloísio arriscou mais uma vez e a bola bateu na defesa, que tirou o perigo da área baiana.
defesa (Foto: Infoesporte)
 Na Vila Belmiro, o Santos empatou com o Coritiba, mas poderia ter saído com a vitória se não fosse Vanderlei. Elano fez um bom cruzamento da direita, Alan Kardec completou de primeira e obrigou o goleiro do Coxa a fazer uma difícil defesa.


erro (Foto: Infoesporte)
Na estreia de Ronaldinho Gaúcho em Minas, o Galo conquistou uma bela vitória contra o Timbu,  5 a 1. No segundo gol do Atlético-MG, no entanto, um erro do árbitro Raphael Claus acabou beneficiando o Galo. Jô fez boa jogada pela esquerda, driblou o marcador, caiu fora da área e não sofreu falta alguma. Equivocadamente, foi marcado o pênalti, convertido por R49. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 23 de junho de 2012

Na estreia de Dida, Lusa vence no Canindé e aumenta crise do Tricolor


Pentacampeão tem atuação segura na meta da Portuguesa, que, com boa atuação no segundo tempo, bate um São Paulo perdido
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    11 do 2ºT
    O gol do jogo
    A Lusa cresceu no segundo tempo e garantiu a vitória com um belo chute de pé esquerdo de Ivan, após jogada de Guilherme pelo lado direito.
  • sem reação
    São Paulo
    Queda na tabela
    Time sentiu demais a queda na Copa do Brasil e mostrou que terá dificuldades para se reerguer no Campeonato Brasileiro, para desespero do seu torcedor
  • a decepção
    Emerson Leão
    Na mira da torcida
    O treinador foi criticado durante toda a partida por torcedores que exigem sua demissão. Na etapa final, surpreendeu ao sacar o craque Lucas.
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
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Eliminado no Campeonato Paulista, eliminado na Copa do Brasil e com três derrotas em seis jogos no Campeonato Brasileiro. O momento do São Paulo na temporada 2012 é delicado. Neste sábado, na primeira partida após a queda diante do Coritiba, o Tricolor teve uma atuação para esquecer. Dentro de campo, viu a Portuguesa vencer com justiça por 1 a 0, principalmente pelo belo futebol mostrado pelo time de Geninho no segundo tempo. A Lusa, que teve a estreia do pentacampeão Dida no gol, não tem uma equipe forte do ponto de vista técnico, mas soube compensar sua deficiência com muita vontade e saiu de campo aplaudida no Canindé.
Do lado são-paulino, jogadores, diretoria e técnico Emerson Leão perceberam que a torcida não tolera mais tantos insucessos. Durante 90 minutos, a grande parte dos tricolores (o público pagante foi de 4.544) protestou. Pouco interessava o que ocorria em campo. Era mais importante mostrar a revolta e pedir mudanças. Todos os jogadores foram criticados. Mas ninguém foi tão lembrado quanto o técnico Emerson Leão. Por nove vezes, ele, do banco de reservas, escutou a seguinte frase.
- Leão, pede demissão! Leão, pede demissão!
Na tabela de classificação, o Tricolor fica estacionado com nove pontos, cinco abaixo do novo líder, o Cruzeiro. A Lusa, que estava muito próxima da zona de rebaixamento, ganhou uma folga e subiu posições, chegando sete pontos.
O próximo jogo do São Paulo será no sábado, contra o Cruzeiro, no estádio Independência, em Belo Horizonte. Já a Portuguesa voltará a encarar mais um grande paulista, o Santos, domingo, também no Canindé.
lucas portuguesa x são paulo (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)Lucas, do São Paulo, encara a marcação de Rogério, da Portuguesa (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)
Primeiro tempo fraco no Canindé e com protestos da torcida são-paulina
Os primeiros 45 minutos foram mais marcados pelo que ocorreu fora de campo do que dentro dele - os protestos da torcida tricolor chamavam mais a atenção do que aquilo que Portuguesa e São Paulo faziam na partida. O pentacampeão Dida, de um lado, e Denis, do outro, fizeram uma defesa cada um. E só.
leão portuguesa x são paulo (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)Leão: hostilizado (Foto: Wagner Carmo/Vipcomm)
Em campo, ficou a sensação de que os dois times terão de mudar muito para ter sucesso no Campeonato Brasileiro. A Portuguesa, que vive perto da zona de rebaixamento, esteve mais preocupada com a marcação, mesmo atuando em casa. Dida, em todos os lances em que foi exigido, mostrou segurança.
Faltava qualidade na frente para levar perigo à meta defendida por Denis, apesar das constantes falhas de Paulo Miranda e dos buracos na marcação deixados por Douglas e Cortez - este último, aliás, parecia sentir demais os protestos.
Do lado são-paulino, nenhuma novidade. A falta de padrão de jogo, latente nos esteve novamente presente. Com exceção de Cícero, que mostrava vontade, Denilson, Casemiro e Jadson não eram notados em campo. Casemiro, inclusive, recebeu uma homenagem diferente ao final do primeiro tempo.
- Por favor, um minuto de silêncio, o Casemiro baladeiro está morto! - gritou a torcida.
Até o apito para o intervalo, lusos e tricolores fizeram pouco que merecesse ser registrado, apesar das constantes instruções que partiam de Geninho e Leão.
dida portuguesa x são paulo (Foto: Ale Cabral/Futura Press/Agência Estado)Dida fez sua estreia pela Portuguesa contra o São Paulo (Foto: Ale Cabral/Futura Press/Agência Estado)
Lusa marca no início do segundo tempo e aumenta pressão no São Paulo
Percebendo que poderia ser mais audaciosa, a Portuguesa voltou com uma postura mais ofensiva no segundo tempo. E precisou de dez minutos para abrir o marcador. Guilherme fez bela jogada pelo lado direito e tocou na esquerda para Ivan, que bateu cruzado, no canto esquerdo de Denis, que nada pôde fazer.
A torcida tricolor, nas arquibancadas, rapidamente reagiu.
- Leão, pede demissão. Leão, pede demissão. Time medíocre, time medíocre.
Dentro de campo, o que mais impressionava é que os jogadores do São Paulo não tinham reação. Leão, em uma postura estranha, sentou no banco de reservas e assistiu ao jogo de forma passiva. A Lusa seguiu em cima, e Vandinho, aos 17, exigiu bela defesa de Denis. Quatro minutos depois, após dar o drible da vaca em Paulo Miranda, Rodriguinho quase marcou um golaço em chute cruzado. A bola raspou a trave direita de Denis.
Leão respondeu com as mesmas alterações que tem feito. Primeiro, tirou Casemiro e colocou Fernandinho. Na sequência, sacou Cortez e colocou Maicon, outro muito criticado pela torcida. E, como de costume, as alterações não surtiram efeito. O primeiro lance de perigo surgiu aos 32, em chute cruzado rasteiro de Douglas.
A última cartada foi dada com a entrada de Osvaldo na vaga de Lucas, que não mostrou a menor pressa em deixar o gramado. Até o apito final, a Portuguesa soube controlar o jogo e, nos contra-ataques, só não aumentou sua vantagem porque não teve qualidade para isso.
ivan portuguesa x são paulo (Foto: Alex Silva/Agência Estado)Ivan comemora gol da Portuguesa, abraçando o zagueiro Lima (Foto: Alex Silva/Agência Estado)
estatísticas
POR
SPO
faltas cometidas
  • 30
  • 16
passes errados
  • 38
  • 23
finalizações | 21 - 17
assistências realizadas
  • 1
  • 0
defesas difíceis
  • 1
  • 3
gols da partida | 1 - 0
impedimentos marcados
  • 3
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Novo líder: Cruzeiro faz 3 a 1 no Vasco e rouba a ponta do Brasileirão


Gols de Montillo, Wellington Paulista e Anselmo Ramon consolidam mais uma arrancada de Celso Roth e levam Vasco à primeira derrota no Nacional
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    40 do 1º tempo
    Uma reposição de bola mal feita por Prass mudou a história do jogo. A roubada de bola do Cruzeiro resultou no primeiro gol, que forçou o Vasco a dar espaço.
  • nome do jogo
    Montillo
    Montillo começou o Brasileiro com atuações irregulares, mas nesta noite voltou a ser o destaque dos velhos tempos. Orquestrou o time e fez um gol.
  • profeta
    Diego Souza
    Durante a semana, Diego Souza disse que o Vasco não perderia novamente por 3 a 0 para o Cruzeiro, lembrando o jogo do ano passado. Acertou: foi 3 a 1.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
42 comentários
O Cruzeiro havia vencido uma, havia vencido duas seguidas, havia vencido três consecutivas. Para completar o desenho de uma daquelas arrancadas tão típicas de Celso Roth, faltava bater a carteira do líder, roubar o lugar dele. Pois aconteceu neste sábado. A ponta da tabela do Campeonato Brasileiro tem novo dono depois de a Raposa superar o Vasco por 3 a 1 em São Januário.
Com isso, o treinador celeste, ainda em início de trabalho na Toca da Raposa, repete aquilo que havia feito com clubes como Atlético-MG e Grêmio, levando equipes em mau momento para a liderança da competição - que, nos casos anteriores, não foi mantida. Já o Vasco, depois de largada impecável, convive com a segunda rodada seguida sem vitória.

- A equipe deles é experiente, soube suportar a pressão. Tivemos que sair para o jogo e não conseguimos o resultado - resumiu o vascaíno Fágner.
Os gols do Cruzeiro foram marcados por Montillo, Wellington Paulista e Anselmo Ramon. Rodolfo descontou para os cariocas. A Raposa, com a vitória, foi a 14 pontos na competição, um a mais do que o Vasco, agora vice-líder. Na próxima rodada, os mineiros recebem o São Paulo no sábado, e os cruzmaltinos visitam a Ponte Preta no mesmo dia.
montillo vasco x cruzeiro (Foto: Livia Villas Boas/AGIF/Agência Estado)Montillo abriu o placar para o Cruzeiro (Foto: Livia Villas Boas/AGIF/Agência Estado)
Quando o erro decide
Rômulo, Nilton, Fellipe Bastos. Leandro Guerreiro, Willian Magrão, Charles. As formações das duas equipes no meio-campo, com um congestionamento de atletas mais propensos à marcação do que à criação, pareciam avisar que seria uma partida truncada, daquelas de espaço reduzido e tempo de ação encurtado – daquelas que dependem mais de erros do que de acertos para ter seu placar movimentado.
Era um duelo de líderes, e os treinadores preferiram ser cuidadosos. Não por acaso, levou uma eternidade para que o primeiro tempo começasse a oferecer chances de gol de lado a lado. O Cruzeiro centralizava suas jogadas em Montillo, o desafogo para Fabinho e Wellington Paulista. O Vasco tentava escapulir com Eder Luis, sempre arisco pelos lados do campo. Mas os sistemas defensivos levavam a melhor.
Como consequência, chutes de longe viraram alternativa – mas sem sucesso. Chance viva, daquelas com pinta de gol, só foi nascer aos 35 minutos. Eder Luis disparou pela ponta esquerda e serviu bem para Alecsandro. O centroavante tinha duas possibilidades: fazer a jogada por conta própria ou abrir na direita, onde aparecia Diego Souza. Preferiu a primeira, e se deu mal. Foi desarmado.
Pouco depois, sairia o gol do Cruzeiro, em um lance que veio à luz graças a um erro do Vasco. Fernando Prass, na reposição de bola, forçou o passe para Eder Luis. Ele teve que migrar até a linha lateral para evitar que fosse uma jogada perdida. Conseguiu, mas o que era ruim ficou pior. Charles roubou, avançou, tabelou com Montillo e acionou Wellington Paulista. O chute dele, curiosamente, foi barrado por Fabinho, em posição de impedimento. Mas aí a bola sobrou para Montillo, que emendou conclusão precisa para colocar a Raposa na frente.
Os minutos finais da primeira metade do jogo foram de pressão vascaína. Alecsandro chegou um piscar de olhos atrasado em cruzamento de Felipe. A bola passeou repetidas vezes pela área celestre, sempre ameaçadora. Mas o Vasco não conseguiu buscar o empate antes do intervalo.

O jogo acorda
A desvantagem forçou Cristóvão a deixar sua equipe mais aguda. O treinador, já no intervalo, tirou Fellipe Bastos, colocou Thiago Feltri na lateral esquerda e passou Felipe para o meio. A ideia era deixar o meio-campo mais criativo – Diego Souza não dava conta do recado por ali. Até melhorou, mas longe de ser o suficiente.
Tanto que outra troca foi realizada quando o segundo tempo ainda engatinhava, com Carlos Alberto no lugar de Eder Luis. Naquele momento, o jogo já tinha um novo panorama, bem mais vivo do que na primeira etapa: Vasco atacando, Cruzeiro ameaçando no contragolpe. Alecsandro, de cabeça, fez a bola encontrar a trave. Wellington Paulista teve duas arrancadas (em uma delas, deixou Dedé sentado no chão com um drible seco) que quase renderam gol. Na terceira, ele fez um golaço.
Foi aos 16 minutos. A Raposa puxou contra-ataque, nenhuma novidade, arquitetado por Montillo. O argentino viu Wellington aberto pela direita. Assim que recebeu, o atacante percebeu Fernando Prass adiantado. E não pensou duas vezes: encaixou a chuteira por baixo da bola e tocou por cobertura. Lindo gol.
Poderia ter sido uma jogada definitiva para o jogo. Mas Fábio fez a chama da partida renascer. O goleiro do Cruzeiro saiu todo atrapalhado depois de cruzamento da esquerda, bateu mal na bola e permitiu que Rodolfo, de cabeça, descontasse.

O jogo dava sinais de que teria outros gols. E teve. Quando o Vasco mais sonhava com o empate, o Cruzeiro garantiu a vitória. E com dois jogadores colocados em campo no segundo tempo por Roth. Tinga recebeu de Léo na ponta direita e cruzou para Anselmo Ramon, livre, fechar o placar e decretar que o Campeonato Brasileiro tem um novo líder.
estatísticas
VAS
CRU
faltas cometidas
  • 14
  • 17
passes errados
  • 49
  • 30
finalizações | 11 - 8
assistências realizadas
  • 1
  • 2
defesas difíceis
  • 0
  • 1
gols da partida | 1 - 3
impedimentos marcados
  • 1
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Marin acata pedido, e CBF adia jogo do Corinthians no Brasileirão

Partida contra o Botafogo passa para 11 de julho. Timão aguarda ainda o adiamento do duelo com o Sport. Foco está todo na Libertadores

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
1081 comentários
José Maria Marin visita o CT do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Marin conversa com Andrés no CT do Corinthians
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, anunciou nesta sexta-feira que aceitou o pedido do Corinthians para adiar as partidas contra Botafogo e Sport, pelo Campeonato Brasileiro, em virtude da presença do clube na final da Taça Libertadores.
– Não é só o meu pensamento, é de todos. A partir dessa decisão contra o Santos, o Corinthians representa o Brasil. O presidente dá todo apoio à agremiação que está nos defendendo. Se já houve um precedente, não vamos mudar. Temos de atender. Não é só ao Corinthians. Temos de atender os legítimos interesses do futebol brasileiro – afirmou.
A partida contra o Botafogo, no Pacaembu estava marcada para 30 de junho, três dias depois do primeiro duelo contra o Boca Juniors, na Bombonera. Acabou sendo alterada para 11 de julho, às 19h30, no Pacaembu.
Já o confronto diante do Sport está agendado para 8 de julho, outros três após a partida que decidirá o campeão sul-americano de 2012. A CBF ainda não se pronunciou sobre essa partida.
Para ter o pedido aceito, o Corinthians contava com o que aconteceu em 2011. Na ocasião, também em meio às finais da Libertadores, o Santos conseguiu que a CBF adiasse quatro partidas do Brasileirão.
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Presidente do Boca ameaça não dar entradas para torcedores corintianos

Daniel Angelici pede 4.500 ingressos para sua torcida no Pacaembu. Caso não receba, o mandatário diz que as finais podem ser sem visitantes

Por GLOBOESPORTE.COM Buenos Aires, Argentina
209 comentários
Torcida, La Bombonera, Fluminense x Boca Juniors (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com) La Bombonera pode não ter nenhum corintiano
(Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
Assim como ocorreu antes dos duelos diante do Universidad de Chile, a direção do Boca Juniors dá mostras de que irá brigar até o fim para ter o maior número possível de torcedores no jogo da volta da decisão da Libertadores. Nesta sexta-feira, Daniel Angelici, presidente do clube argentino, pediu 4.500 entradas no segundo jogo contra o Corinthians, no Pacaembu, e disse que, se não receber, avaliará se fornecerá ingressos para os corintianos.
- Esperamos que nos deem 4.500 entradas no Brasil. Se nos derem poucas, avaliaremos se jogamos sem visitantes. Estamos dispostos a dar 4.500 entradas ao Corinthians e pedimos o mesmo para o segundo jogo - disse o dirigente a uma emissora de rádio da Argentina.
Na partida contra o Santos, o Corinthians forneceu apenas 1.300 entradas para os torcedores santistas - 3.200 a menos do que o presidente do Boca Juniors está pedindo para os xeneizes.
No duelo da semifinal contra o Universidad de Chile, o Boca também ameaçou não fornecer nenhuma entrada para os torcedores adversários caso não recebesse o que estava pedindo (3 mil ingressos) para o jogo no Chile. Os dois clubes discutiram e, no final, Angelici saiu com o que pedia.
O Boca Juniors começou a vender nesta sexta-feira os ingressos para os sócios do clube. O preço das entradas variam de 120 pesos (cerca de R$ 60) até 300 pesos (cerca de R$ 150).
A assessoria de imprensa do Corinthians confirmou que, até o fim do dia desta sexta-feira, o Boca Juniors ainda não havia confirmado a carga total de ingressos que será destinada ao torcedor corinthiano na primeira partida da final, em Buenos Aires,a na próxima quarta Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...