Volanta explica o que o levou a trocar o Santos, semifinalista da Libertadores, pelo Rubro-Negro em crise: 'Vestir essa camisa é diferente'
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Ibson justifica troca de Santos por Fla: 'Vestir essa camisa é diferente' (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)Ele explica por que acha que jogar no Flamengo é fora do comum:
- Aqui é mais complicado, a torcida, é pressão o tempo todo, são 40 milhões de torcedores, vestir essa camisa é diferente, não é fácil.
Na Baixada Santista, a mulher Cinthia fez amizade com a esposa de Edinho, filho de Pelé. As duas jogavam futevôlei juntas. Numa bela tarde de folga, o telefone tocou. Do outro lado da linha, veio um convite que mexeu com a cabeça do jogador.
- Foi uma coisa meio maluca conhecer o Pelé. Fizemos uma amizade bacana com o filho dele, Edinho. Minha esposa é amiga da mulher dele. Teve um dia que a gente estava em casa, e a esposa do Edinho ligou e convidou a gente para ir ao Guarujá, na casa do Pelé. Eu perguntei: “Para onde?” É, para a casa do Pelé. Fui muito bem recebido. Ele realmente é um cara sensacional, pegava meus filhos para brincar. Depois, eu estava concentrado, e minha esposa saiu para jantar com ele. Foi uma experiência muito bacana, meio louca, meio maluca. E não conversamos sobre futebol, até para ele deve ser complicado, as pessoas ficam muito em cima desse assunto. Foi uma reunião de família, conversa sadia - recordou.
Ibson tem o número 7 tatuado na perna(Foto: Janir Júnior / globoesporte.com)
- Além de jogador, como ser humano o Neymar não é dez, é mil. A gente sempre se fala. Antes do jogo (contra o Corinthians, pela Libertadores, na quarta-feira), falei com ele, desejei sorte, estava na torcida. Não só ele como outros jogadores, como Edu Dracena, Arouca, Adriano, são amigos que eu fiz. Depois do jogo falei com o Borges. Temos uma amizade bacana. Pelos clubes que passei sempre fiz bons amigos. Isso é difícil de acontecer no futebol, mas nunca tive problema algum. Neymar é um garoto sensacional, sempre disposto a ajudar, último a sair do campo, treina sempre para melhorar.
Saiu de cena o menino da Vila, e o dia a dia de Ibson passou a ser ao lado da garotada do Flamengo. Apesar de ter bom relacionamento com todos os jogadores, o camisa 7 sempre é visto mais próximo dos jovens. A explicação vem escrita pela sua própria história no clube.
- Passei por essa transição dos juniores para o profissional quando subi em 2003. Você chega meio tímido, acanhado, olha para os caras que costumava ver pela televisão, e eles estão ao seu lado. Tento aproximar os mais novos. Mas brinco com todo mundo.
Brincadeiras à parte, Ibson tem duas marcas sérias em seu currículo: ter defendido os times que um dia foram de Pelé e Zico.
- É a camisa que Zico vestiu, como o Pelé vestiu a do Santos. É uma baita história, dois clubes que tiveram jogadores que marcaram a história do futebol, não só brasileiro como mundial. Fico feliz por ter vestido a camisa do Santos e do Flamengo.
Para voltar a vestir a camisa do Flamengo, além de um salário mais baixo do que recebia no Santos, Ibson tem que trilhar um longo caminho. Não em campo, onde é titular absoluto, mas sim para chegar até o Ninho do Urubu, já que mora perto de Maricá.
- Coisa de maluco, levo uma hora e meia ou uma hora e quarenta (minutos) todo dia. Mas estou procurando um apartamento, uma casinha para alugar aqui no Rio, porque está brabo. Niterói é a terrinha, bacana, não tenho vontade de sair de lá. Mas está difícil porque a esposa está cobrando, o marido está faltando em casa, chega tarde e quer dormir. Aí a patroa reclama - revelou Ibson, que não é nem maluco de questionar Cinthia.
Neste domingo, Ibson, do Flamengo que já foi de Zico, enfrenta o Santos, que já foi de Pelé. A partida será às 16h (de Brasília), no Engenhão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Ibson, Durval e Neymar na comemoração do título paulista deste ano pelo Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
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